CONSAGRAÇÃO PARA OS LEVITAS


Para reflexão:

Salmos 98

1 cantai ao SENHOR um cântico novo, porque ele tem feito maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória.

4 Celebrai com júbilo ao SENHOR, todos os confins da terra; aclamai, regozijai-vos e cantai louvores.

5 cantai com harpa louvores ao SENHOR, com harpa e voz de canto;


quarta-feira, 5 de maio de 2010

QUALIFICAÇÕES DE UM MINISTRO DE LOUVOR

QUALIFICAÇÕES DE UM MINISTRO DE LOUVOR
Por Ronaldo Bezerra



1- Real experiência com Deus (Jo 3:3)
A pessoa que teve uma real experiência com Deus é aquela que não vive mais para si mesma (Rm 14:7, 8) e nem para o pecado (Gl 5:24; Rm 6:6,11,14); possui uma inclinação para as coisas que são do alto (Cl 3:1; Mt 6:33) e sua experiência se baseia na Palavra de Deus e no Deus da Palavra. O problema que temos encontrado nesses dias, é que muitos músicos não tem uma real experiência com Deus, ou seja, não são regenerados. O que eles possuem é apenas uma vontade de tocar, tocar, tocar, ou cantar, cantar, cantar. Os problemas surgem porque falta coração regenerado. O músico precisa passar pela experiência da regeneração. Este é o requisito básico e principal para todo aquele que quer servir na casa do Senhor.

2-Consagração (Lv 27: 28,29)
Consagrado significa ser separado para servir conforme o propósito de Deus. Quando temos uma real experiência, somos separados do pecado a fim de servirmos a Deus e vivermos para Ele (II Co 5:15). Portanto, o verdadeiro ministro de música tem a convicção de que é uma pessoa separada por Deus, e que seus dons e talentos são dedicados inteiramente ao serviço à Ele. De que maneira temos utilizado os nossos dons e talentos? Temos utilizado para os nossos próprios interesses ou para servir a Deus e as pessoas!? A evidência clara de que alguém tem uma vida consagrada a Deus são os frutos que acompanham o seu serviço (Tg 2:18, 26; Jo 12:24; 15:18). Qual o fruto que você tem oferecido?

3- Comunhão com Deus (Sl 84:4,5)
Comunhão com Deus é habitar no conselho de Deus, é ter uma identificação com o altar. Alguém que não tem identificação com o altar não é um ministro de música. Infelizmente, muitos músicos pensam que não é importante ter um tempo a sós com Deus, e é por isso que muitas vezes a ministração dos cânticos não flui como deveria, porque falta unção. Dizem por aí : "a bíblia do músico é o seu instrumento". Quanto tempo você se dedica estudando a música, e quanto tempo você se dedica estudando a Palavra de Deus? É claro que as duas coisas são importantes, mas há uma grande diferença entre um ministro de música e um tocador de instrumento: O ministro se identifica com Deus e usa da música o instrumento para o seu crescimento espiritual. O tocador está identificado com o seu instrumento e visa apenas o seu desempenho musical. A Palavra e a oração são a base de todo o serviço. O que se pode esperar de alguém que não medita e não ora? Que utilidade para o ministério tem este tipo de pessoa? Com certeza, nenhuma! Os homens cuja vida e ministério glorificavam a Deus eram homens de meditação e oração. O Senhor Jesus é o nosso maior exemplo (Lc 4:2; 6:12). A. W. Tozer disse: "Nunca ouça um homem que não ouve a Deus". Se queremos mais unção no nosso ministério precisamos saber que o "endereço" é o santuário (Sl 77:13a). Enfim, a qualidade do ministério da música está vinculada a vida no altar (Rm 12:1; I Pe 2:5). Sejamos ministros do altar!

4- Servo (Mt 20:28)
Hoje em dia, muitos "ministros de música" querem ser servidos e não estão dispostos a servirem, voltados para os seus próprios interesses e motivações. O verdadeiro servo é conhecido não pelo seu título, mas pelo seu modo de viver. Infelizmente, não se tem encontrado muitos músicos hoje em dia com coração de servo, por isso, não é difícil ouvirmos frases do tipo: "o meu instrumento é melhor", "a minha música é melhor", "a minha banda é melhor", "eu sou o melhor", "não abro mão do meu lugar à ninguém", "não faço tal coisa porque não é o meu ministério", etc. Por causa dessas frases desses músicos, tem se criado em nosso meio um terrível espírito chamado competição. Isso com certeza entristece o coração de Deus, e ao mesmo tempo, dá lugar a um ambiente de desamor, impróprio à presença divina (I Co 3: 1-7). O responsável pelo espírito de competição chama-se satanás! (Ez 28:2; I Rs 18:21). Desde o princípio do mundo, ele tem procurado competir sem êxito, com o Todo Poderoso. Satanás tem tido acesso ao meio evangélico, através deste espírito de forma muito sutil. Saiba que o reino das trevas é o reino da competição, e o reino de Deus, o da cooperação (Sf 3:9; Ef 4:16). Podemos ter características diferentes e estilos diferentes, mas isso não impede que sirvamos ao Senhor em unidade e ajuda mútua. Ser um ministro de música é ter um coração de servo, que tem como motivação principal servir a Deus, a família, aos irmãos e aos perdidos.

5- Submisso (Rm 13:2)
Submissão é uma das características de um verdadeiro filho de Deus. Ao formar a equipe musical, procura-se dar oportunidade àqueles dentro da congregação que se destacam por sua habilidade musical. Alguns cuidados devem ser tomados nesta escolha. Mesmo com alguns cuidados sendo tomados, não se pode adivinhar o que virá pela frente. Neste sentido, às vezes nos deparamos com pessoas incapazes de se submeterem à liderança. Quando estes, irremediavelmente não se ajustam, devem ser convidados gentilmente a se desligarem da equipe (Jo 6:65, 66). Existe, hoje em dia, um aspecto importante que tem se tornado um grande problema, onde observamos que muitas bandas gospel não querem estar ligadas a nenhuma igreja e a nenhum pastor. Em Provérbios 18:1 diz, que "O solitário busca o seu próprio interesse, e insurge-se contra a verdadeira sabedoria". Músico precisa ser pastoreado. Quem deseja andar isoladamente, está buscando o seu próprio interesse, tendo uma atitude egoísta. Nós músicos precisamos de cobertura espiritual, ensino, admoestação e correção dos nossos líderes , e a partir de então, ganharemos autoridade para ministrar e seremos uma benção para o corpo de Cristo. Aquele que agora tem um coração novo é capaz de submeter-se à vontade de Deus, aos líderes e aos irmãos (Ef 5:8-21).

6- Viver em família (Rm 8:29)
A vida em família é um projeto de Deus para nós e a família ministerial deve ser a extenção da nossa casa . A vida em família é um princípio que precisa ser desenvolvido no ministério de música para o fortalecimento e crescimento de todos os seus integrantes (Ef 2:19-21). O que temos observado é que muitos músicos não querem ter relacionamento e comunhão com as pessoas. É possível ser parte de uma família e não ter comunhão com ela? Não. Sendo assim, quem não cultiva comunhão não pode participar de nenhum ministério! Os discípulos de Jesus revolucionaram o mundo porque estiveram com Ele, aprenderam com Ele e falavam a linguagem do mestre. Observe alguns aspectos da vida em família:
a) Caminhar numa mesma visão (I Co 1:10; Sf 3:9) Visão + visão = divisão
b) Comunhão uns com os outros (I Jo 1:7) Estarmos juntos: sair, orar, compartilhar necessidades, etc.
c) Respeito mútuo (II Co 10:13) Devemos conhecer nossos limites! Devemos tomar cuidado com as brincadeiras e apelidos que damos as pessoas para não magoá-las.
d) Alegrarmos e chorarmos juntos (Rm 12:15) Unir-nos nas conquistas e nas tribulações.
e) Vida de transparência (Tg 5:16) e Pacto de aliança (I Sm 18:1-4)
Compromisso uns com os outros de fidelidade, integridade, lealdade, amor, amizade e companheirismo em todos os momentos da vida. Vivamos em família!

Para Meditação:
Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade é para sempre. Salmo 118.1

Ronaldo Bezerra é Líder do Ministério de Música da Comunidade da Graça - Sede.

ERROS QUE UM MINISTRO DE LOUVOR NÃO PODE COMETER

Erros que um Ministro não pode Cometer
Por Ronaldo Bezerra


Vejamos alguns erros que não devemos cometer
1- Não se preparar musicalmente e espiritualmente para a ministração.
- Devemos nos apresentar como obreiros aprovados (II Tm 2:15).
A) Aspecto espiritual
- São necessárias oração e leitura bíblica diariamente. A base de todo ministério é a oração e meditação. O que se pode esperar de alguém que não medita e não ora? A.W.Tozer disse: "Nunca ouça um homem que não ouve a Deus".
- Um ministro que não ora e não medita, deixa de ser um homem de Deus para ser um profissional do púlpito.
- Se desejamos ter um ministério mais ungido precisamos entender que o endereço da unção está no altar.
B) Aspecto musical
- É preciso realizar ensaios para que haja entrosamento.
- Tenha uma lista definida dos cânticos; quando forem novos, providencie cifras.
- É necessária concentração total durante os ensaios, evitando distrações, brincadeiras e conversas paralelas.
- Estar atento às orientações, arranjos, rítmica, andamento, métricas, etc.
- Estude música.
2- Nunca preparar a ministração.
- Devemos ter habilidade para improvisar, porém, isso não deve ser a regra.
- Quando o ministro não faz a "lição de casa" acaba ficando fácil perceber, não há seqüência coerente nos cânticos, há erros nos acordes e na seqüência da música cantada, não há expressão, há insegurança, etc.
- Os que ministram de improviso, demonstram não levar a sério o lugar que ocupam na obra de Deus (Jr 48:10). O Espírito Santo não tem compromisso com ociosos, preguiçosos e displicentes.
- Já avaliamos o preço que muitos pagam para estar no culto para participarem da adoração a Deus? Façamos o melhor para o Senhor!
3- Atrasar nos compromissos sem dar satisfação.
- O músico maduro tem conhecimento das suas responsabilidades e procura cumpri-las à risca. Portanto, seja responsável e chegue aos horários marcados! Se houver problemas ou dificuldades, comunique-se com sua liderança.
- Quando não damos satisfação sobre nosso atraso estamos agindo com irresponsabilidade, e em outras palavras, estamos dizendo "isso não é importante pra mim!".
4- Não aceitar as críticas.
- Quem não aceita críticas, acaba caindo na mediocridade e se torna um ministro sempre nivelado por baixo. As críticas servem para não deixar que caiamos no conformismo e paremos de crescer.
- Devemos receber as críticas com um espírito humilde e disposto a aprender. Quem não é ensinável e não gosta ser contrariado, não pode atuar em nenhum ministério na igreja.
5- Começar a ministração sem introdução e falar sobre verdades sem nenhuma demonstração de amor.
- Não seja "juiz" das pessoas.
- Mostre a graça de Deus e o amor.
- Não seja grosseiro e indelicado.
- Seja amável e educado. A introdução pode determinar o sucesso de toda a ministração. Esse primeiro contato é "chave" para uma ministração abençoada e abençoadora.
- Uma boa introdução cativa a atenção das pessoas, desarma as mentes e prepara o caminho para compreensão e recepção da ministração.
- Uma boa ministração precisa ter um começo, meio e fim.
- Não seja muito prolixo e cansativo na introdução. Deve ser o suficiente para abrir a porta das mentes a fim de que as pessoas recebam aquilo que Deus tem reservado para cada uma delas.
6- Utilizar o púlpito para desabafar.
- Uma mente cansada não produz com qualidade e o estresse pode levar a pessoa a falar o certo, mas no lugar errado. Púlpito não é lugar para desabafos, é lugar para profecia!
- Tratemos a igreja do Senhor de forma respeitosa (I Pe 5:2-4).
7- Gritaria.
- Não confunda "gritaria" com unção, autoridade e poder. Muitos por não terem o equilíbrio e sensibilidade, tornam-se ministros irritantes, exagerados e em alguns casos, quase insuportáveis.
- Quem fala deve respeitar a sensibilidade e boa vontade dos que ouvem (I Co 14:40).
- Não é gritando que se alcança o coração das pessoas, mas sim, com unção, habilidade na comunicação e criatividade.
- Há ministros que cantam e falam tão alto e agressivamente, que deixam a impressão de que estão irados com o público. Quem sabe usar de forma inteligente sua voz e os equipamentos de som disponíveis, com certeza alcançará grandes resultados.
8- Expor os músicos, dirigentes ou técnicos durante a ministração.
- Por vezes, alguns cometem erros durante a ministração, logo os outros músicos percebem e começam a rir, ou surgem olhares de reprovação, expondo diante de todos, aquele que errou.
- Devemos ser discretos, e quando errarmos, encararmos com naturalidade, sem expor nossos companheiros, porque apesar de estar na frente da congregação, estamos diante do Senhor, ministrando à Ele, e Ele sabe como e quem somos.
- Muitos estão magoados e chateados por terem sido expostos na frente dos outros. Tenhamos uma atitude de amor e respeito uns para com os outros.
9- Tocar, cantar ou dançar com outros ministros sem ser convidado.
- Se algum ministro de outra congregação for convidado para ministrar em sua igreja, não suba no púlpito para ministrar sem ter sido chamado e convidado. Isto é falta de educação. Não seja mal educado!
- Muitos, por falta de educação e sensibilidade acabam atrapalhando a ministração daqueles ministros que foram convidados no culto.
10- Usar muitas ilustrações e dinâmicas durante a ministração.
- Muitos querem "pregar" durante o louvor. O exagero de histórias, testemunhos, dinâmicas e ilustrações durante os cânticos, comprometem a essência e o propósito da ministração. Ministre cantando! Tocando! Flua!
- Cuidado com manipulações! Não devemos tratar o público como "macacos de auditório". Não peça para o público repetir frases feitas o tempo todo, gestos o tempo todo, além de se tornar algo cansativo, o ministro pode cair no ridículo diante do público.
- Evite deixar "brancos" entre um cântico e outro; para isso é indispensável desenvolver um bom entrosamento com os músicos, combinar sinais, etc.

Escrito por Ronaldo Bezerra
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